Algumas patologias da coluna vertebral

Saiba qual a relação do estômago com a dor nas costas.

Você sente uma dor nas costas e não consegue resolver? Talvez tenha relação com seu estômago. Nessa publicação falaremos um pouco sobre os problemas de estômago e como eles podem gerar dores no corpo. Aparentemente parece que estamos falando de coisas completamente distintas, mas, na verdade todo nosso corpo está interligado.
O estômago é um órgão do Sistema Gastrointestinal. É responsável pela "quebra" das moléculas de proteínas contidas, poe exemplo, em todas as carnes. Para que a digestão das proteínas se inicie no estômago, é necessário que haja a liberação de diversas substâncias no interior do órgão. Uma dessas substâncias é o ácido clorídrico, extremamente necessário para ativar o processo digestivo gástrico.
Mas porque o ácido não agride o estômago? Na verdade, o estômago é coberto por uma membrana que o protege. Entretanto, existem diversas situações que provocam o rompimento dessa membrana protetora, produzindo as gastrites.
Dentre as situações que mais provocam as gastrites está a ingestão, por tempo prolongado, de alguns anti-inflamatórios. Esses medicamentos, sendo usados continuamente por vários meses, não permitem que a membrana de proteção se mantenha íntegra.
Mas o quê as disfunções do estômago têm haver com as dores nas costas? Então vamos tentar entender...
O estômago tem sensibilidade, mas não é uma sensibilidade específica como a da pele a qual você sabe exatamente a sensação e o local estimulado. A inervação do estômago é feita pelo Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático.
Para que possamos entender melhor, vamos exemplificar um princípio de gastrite. Os receptores do estômago percebem a agressão e informam ao Sistema Nervoso Central. Essa informação vai através dos nervos, nesse caso os nervos chamados Esplâncnico Maior e Vago. Quando a informação vai pelo Esplâncnico Maior e chega a medula, ele se comunica com outros nervos para que essa informação chegue até o cérebro. Porém, alguns nervos não vão diretamente ao cérebro, mas para outras partes do corpo como as costas. Mais especificamente na região entre as escápulas.
Consequentemente, quando vamos tratar a dor de um paciente, devemos avaliar o quê está causando esta dor: se a má postura, se um trauma, se dormiu "de mal jeito", ou se a origem é nos órgãos internos.
Caso você tenha uma dor persistente, já fez vários tratamentos locais e não deu resultado, está na hora de pensar em algo mais orgânico.

Dor de cabeça - Você sabia que pode ter cura?

A cefaléia, conhecida também como "dor de cabeça", é uma das patologias mais frequentes na população. 

Existem diversos tipos e causas para essa enfermidade. Entretanto, uma das mais comuns é a cefaléia tensional. Como o próprio nome já diz, é ocasionada da tensão muscular em regiões muito específicas. A depender da região onde aparece a dor, podemos determinar a musculatura comprometida. Por exemplo, se a dor aparece na região posterior da cabeça(região occipital), podemos pensar em tensão da musculatura suboccipital. Esses músculos são bem pequenos e se localizam na base do crânio. Quando esses músculos ficam espasmados(contraídos por longos períodos) podem comprimir um nervo que passa bem próximo a eles, o nervo de Arnold. Portanto, a compressão desse nervo é que provoca a dor de cabeça nessa região.

Outra possibilidade para gerar dores de cabeça é a má drenagem do sangue intracraniano, ou seja, dificuldade da saída do sangue através das veia internas ao crânio. Ao contrário do que muitos pensam, os ossos que formam o crânio têm movimento. As suturas são, na verdade, articulações com graus de movimentos bastante reduzidos. É importante salientar que não podemos comparar a amplitude de movimento da articulação do joelho, por exemplo, com a de uma articulação do crânio, apesar da importância de ambas para o equilíbrio orgânico. Pois bem, os movimentos dos ossos do crânio durante a respiração são indispensáveis para a drenagem do sangue, o quê proporciona uma boa circulação intracraniana, levando oxigênio e nutrientes às células nervosas. Quando há um déficit desses movimentos nas  articulações do crânio, ocorre uma congestão sanguínea e consequentemente aparece a cefaléia.

Ao buscar tratamento para essa disfunção através da Osteopatia, serão avaliados todas as possibilidades de causas para as dores de cabeça. Diversas técnicas são utilizadas tanto para reduzir o espasmo dos músculos na cefaléia tensional, quanto para restabelecer o movimento entre os ossos do crânio e assim melhorar a circulação sanguínea.

Entorse de tornozelo - Por que sempre acontece de novo?

Uma das lesões que mais atinge o público feminino é a entorse de tornozelo. A entorse ou torção, como é mais conhecida, acontece quando a articulação ultrapassa seu limite de movimento fisiológico. Geralmente o tornozelo fica inchado(edemaciado) e bastante dolorido. Recomenda-se a aplicação de gelo por, no máximo 15 minutos, para tentar conter o edema. Porém isso deve ser feito de forma indireta, colocando-se uma toalha entre o gelo e a pele.

As calçadas irregulares e os buracos das ruas são alguns fatores que aumentam a possibilidade de ocorrência dessa lesão. Outro ponto importantíssimo a ser comentado diz respeito à estética do público feminino. Os saltos altos dos calçados produzem instabilidade na articulação do tornozelo, ou seja, esses acessórios, apesar de deixarem as mulheres mais elegantes e mais bonitas, favorecem a "virada do pé".

Existem dois tipos básicos de entorse do tornozelo: em inversão(é mais frequente) que é quando a planta ou sola do pé se vira para dentro; e em eversão que é quando a planta do pé se vira para fora.

Quando ocorre a entorse, os ligamentos entre os ossos do pé são estirados ao ponto de se romperem parcialmente ou até totalmente. Se houver rompimento ligamentar, a reabilitação baseia-se em reforçar as estruturas musculares devolvendo a estabilidade à articulação. Porém, quando o reforço muscular não é suficiente, faz-se necessário o procedimento cirúrgico para reconstruir os ligamentos lesados.

Então porque quando temos a primeira entorse, na grande maioria das vezes, temos outros eventos semelhantes? No momento da torção, várias outras estruturas dos membros inferiores(das pernas) são lesionados em conjunto. Enquanto o indivíduo não reestabelecer o equilíbrio entre as diversas partes do corpo, há grande possibilidade que as entorses sejam recorrentes.
O tratamento Osteopático atua avaliando quais outros constituintes foram sobrecarregados. Avalia-se , portanto, o ser como um todo, não partes do corpo separadamente. Por conseguinte trata, não apenas o tornozelo, mas também todo o conjunto do membro inferior. Com isso a atuação do Osteopata torna-se, além de corretiva, também preventiva. Pois um desequilíbrio ocorrido inicialmente no tornozelo poderá, no futuro, provocar adaptações que poderão chegar à coluna, causando, por exemplo, uma escoliose.

Hérnia de Disco - Porque dói mais quando acordamos?

A hérnia de disco é um processo degenerativo que já pode ser considerado um problema de saúde pública, dado o impacto produzido na vida social e profissional da pessoa acometida.

A função do disco intervertebral é semelhante ao do amortecedor de um carro. Ele diminui o efeito produzido nas vértebras pela força da gravidade. Se o disco não existisse as estruturas ósseas se chocariam, aumentando assim as chances de degeneração da coluna, o quê provocaria muita dor.
O processo de herniação consiste no deslocamento do material do núcleo do disco intervertebral, podendo atingir as raízes nervosas que saem da medula por essa região. Quando a hérnia entra em contato com o nervo ou com outras estruturas ricamente inervadas produz um processo inflamatório que gera dor. Quando a hérnia é na região lombar e irrita uma das raízes que formam o nervo ciático esse dor produzida é conhecido popularmente como Ciática.
O processo degenerativo que gera a hérnia de disco ocorre ao longo dos anos pela desidratação(perda de água) dos discos, associada a hiper solicitação de movimentos da região afetada. O processo de hidratação do disco ocorre quando a gravidade é eliminada, portanto, quando estamos deitados. Esse acúmulo de água aumenta o volume dos discos, fazendo com que fiquemos mais altos quando acordamos. Se existe uma hérnia em contato com a raiz nervosa, quando estamos deitados dormindo, o tamanho(volume) do disco e da hérnia aumentam, provocando uma maior compressão do nervo e consequentemente há mais dor quando acordamos.
Na visão da Osteopatia, regiões mais rígidas da coluna solicitam um esforço maior de outras que tendem a fazer movimentos excessivos. Nessas regiões hipermóveis, se estiverem desidratadas, há grande possibilidade de acontecer a herniação. Para tratar, o Osteopata busca as regiões que têm pouca mobilidade e tenta restaurar o equilíbrio de todos os segmentos da coluna, diminuindo a possibilidade da ocorrência da hérnia. Por conseguinte, se já houver uma herniação, a normalização da mobilidade dos outros segmentos reduzirá o processo inflamatório e consequentemente a dor.

Asma - Por que as crises acontecem mais à noite?

A asma é uma doença que atinge boa parte da população, principalmente na fase antes da puberdade. Ocorre uma obstrução parcial dos brônquios impedindo a entrada e a saída de ar dos pulmões. Essa obstrução, chamada cientificamente de broncoespasmo, provoca a sensação de asfixia. Muitos estudos são feitos buscando identificar a causa para essa patologia. Entretanto, apenas suposições podem ser feitas.

Normalmente são enumerados diversos fatores externos, irritativos das vias aéreas, que supostamente desencadeiam o processo asmático. Todavia, mesmo com a eliminação desses fatores as crises aparecem.

A Osteopatia tem uma visão mais abrangente sobre esse assunto. Todos os animais, incluindo o homem, possuem uma parte do Sistema Nervoso responsável pelo controle das funções involuntárias, também chamadas funções vegetativas, por isso chamado de Sistema Nervoso Vegetativo ou Autônomo. Por exemplo temos: as contrações do intestino, o aumento da frequência cardíaca, a dilatação da pupila, etc.

Ele é dividido em duas partes o Simpático e o Parassimpático, que agem de forma integrada e antagônica, ou seja, o que um aumenta o outro diminui, gerando assim, o equilíbrio orgânico.

O Simpático atua preparando o organismo para situações de emergência ou fuga. Por exemplo, quando nos deparamos com um cão bravo, o quê acontece? Nosso coração aumenta a frequência; a pupila dilata; as vias aéreas ficam mais dilatadas, livres para a circulação do ar; os vasos sanguíneos da pele diminuem seu calibre e direcionam o sangue para os músculos e para o cérebro. 

O Parassimpático faz o contrário. Ele é responsável pela regeneração do corpo., portanto, atua aumentando a circulação do sangue para todos os pontos do corpo; diminui o trabalho do organismo; como não precisamos de tanto ar nesse momento, as vias aéreas ficam mais fechadas. Podemos concluir então que a crise asmática ocorre pelo aumento do trabalho do Parassimpático, que atua restringindo as vias aéreas.
E qual o momento que este sistema está mais ativado? Em que momento temos o metabolismo mais reduzido? Durante a noite!!!

O tratamento com Osteopatia busca reequilibrar a harmonia de funcionamento entre o Simpático e o Parassimpático através de técnicas bastante eficazes, reduzindo gradativamente a sintomatologia de um desses sistemas.

Se a asma ocorre pela exacerbação do Parassimpático, com o tratamento, reequilibramos sua função e como consequência temos uma melhora substancial das crises, possibilitando uma vida normal ao asmático. 

Dor no Ombro - Pode ser Tendinite!

Muitas pessoas que sofrem com dores nos ombros, vão ao médico e recebem o diagnóstico de Tendinite do Supraespinhoso. Mas o quê é isso?

Primeiro temos que entender o significado dessas palavras. Tendinite é a inflamação do tendão muscular e Supraespinhoso é o nome de um músculo do ombro que atua fazendo com que possamos abrir os braços como o Cristo Redentor.

Diversas disfunções podem gerar tendinite, porém a mais comum é o contato do tendão do músculo supraespinhoso com uma parte da escápula chamado Acrômio. O choque repetitivo entre essas estruturas provoca o processo inflamatório.
Na avaliação osteopática da maioria dos pacientes com essa sintomatologia, encontramos um ombro em rotação medial. A partir desse ponto temos que explorar as possibilidades e buscar a lesão primária que gerou essa adaptação do complexo do ombro e, por consequência, a inflamação do tendão do músculo supraespinhoso.
O tratamento com Osteopatia, que é puramente manual e com técnicas muito específicas, visa corrigir a disfunção primária, eliminando assim o motivo que está provocando a inflamação e por conseguinte a dor do paciente.